Facto 1: a primeira pessoa que observei a entrar e sair com chave do 3.º dto era uma aloirada com um sotaque. Chamei-lhe a "espanhola", apesar de o meu marido insistir que era italiana.
Facto 2: apresentou-se, quando a encontrei, certo dia, ainda antes de me mudar definitivamente para cá, no hall da entrada do prédio. Já não me lembro do nome, confirmei que tinha sotaque e um aperto de mão flácido.
Facto 3: Aquela noite. Oiço berros e pancadas na porta e discussão com um homem que culmina num bater violento da porta. Depois disso a campainha do 3.º dto (a sua porta é mesmo em frente da minha, por isso me apercebo) toca ininterruptamente.
Facto 4: Na noite seguinte as amigas dela invadem o prédio para o que imagino ser uma jantarada de consolo.
Facto 5: Nunca mais se avistou a espanhola, depois do episódio e do consolo, já lá vão três meses.
Facto 6: Percebo que o 3.º dto. está habitado, agora pelo homem que interveio na discussão (concluo), que foi avistado apenas duas vezes desde aquela noite, mas nunca antes disso, e cuja presença se sente frequentemente (ouve música alto e, de quando em vez, bebe uns copos e parte a porta da entrada do prédio).
Pergunta: Existe alguma possibilidade de a espanhola não estar cortada às postas no congelador do bêbado?
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Intriga no 3.º dto
# Mariana Duarte Silva às 09:24
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